Dando início à semana da nossa Padroeira, o Monsenhor João Paulo Ferreira Ielo, celebrou a missa de Nossa Senhora de La Salette, na Paróquia Imaculada Conceição em Mogi Guaçu no interior do estado de São Paulo.
Em sua homilia Monsenhor João Paulo, ressaltou a importância de sermos Mães que Oram e seguirmos o exemplo de Maria, que chora aos pés da cruz, mas não se desespera, pois, sabe que o Pai não abandona os seus filhos.
Confira a homilia na íntegra.
Queridas mães, a liturgia de hoje nos fala do amor bondoso de Deus que sempre busca seus filhos e filhas para salvar. Ele não desiste de nós. Na primeira leitura, ouvimos a história de Noé que é prenúncio da Igreja, do Batismo; a aliança que Deus propõe, mas seu povo infiel não lhe corresponde. Daí que a aliança no sangue de Cristo é a “nova e eterna aliança”, as anteriores não valem mais. São Paulo nos convida a viver vida de discípulos: “se alguém está em Cristo é uma criatura nova”! Não melhores que os outros e sim uma criatura nova que vive como Deus deseja.
O Evangelho que nos apresenta Maria aos pés da cruz, é a atualização do que nos vem narrado no livro do Gênesis: a descendência da Mulher esmaga a cabeça da serpente. E o faz na Cruz! “Mulher”, eis teu filho. Esta é a mulher nova, mãe da nova criação, Mãe do homem novo, Jesus Cristo nosso redentor.
E as Mães que Oram, quem são elas? Eu pensei e escrevi estas linhas no dia da natividade de Maria. E começo dizendo que são mães resilientes, que mesmo esmagadas pela preocupação, aflições, tribulações, resistem na fé e na oração. Resistem e não desistem. Sabem que podem acordar o Senhor durante a noite e pedir: -” salva-nos que estamos perecendo”.
São mães que entendem ser “mães dos filhos que geraram e dos que lhes são dados pelo afeto ou pela fé”. Entendem que os vossos filhos aumentaram nesse grupo no qual se reza por todos os filhos que Maria recebe aos pés da cruz. Mãe dos refugiados, perseguidos, doentes, sem lar…
São mães sacerdotais, que intercedem por todos os filhos em todo o mundo. E intercedem pelos filhos sacerdotes do mundo todo a começar pelos mais de perto. Como é bom ouvir vocês rezando!
O grupo das Mães que Oram lembra bem o colo da mãe quando a gente precisa de um socorro; aquele que só no colo da mãe a gente encontra.
Maria aos pés da cruz sente a dor e o drama das mães que veem seus filhos sofrendo; contudo não dá asas ao desespero pois sabe que o Pai não abandona os seus. Aos pés da cruz, suas lágrimas são expressão de confiança em meio a dor, são perseverança em meio ao mal e ao engano do inimigo. Aos pés da cruz estão todas as mães rezando, sofrendo e vencendo com seus filhos.
A Senhora da Salette que chora, não está derrotada. É a mãe que ama e sofre com o que sofrem seus filhos.
As lágrimas de Maria e as lágrimas de cada mãe são contas de esperança que brotam da experiência de Deus e não uma solução mágica para resolver problemas. Lágrimas gritam a Deus como oração silenciosa a quem pode nos escutar e atender.
Com Maria rezemos hoje por nossas mães; com elas aprendamos a confiar no Senhor que nos faz filhos e filhas do amor generoso de Deus Pai.
Amém!