Nossa Senhora sempre agiu de maneira muito delicada e amorosa em minha vida, e para o Chamado, Ela não foi diferente.
Ela primeiro me preparou, cuidou do meu coração, para depois me mostrar o propósito. No início de 2019, minha filha de 15 anos começou a se mostrar com o humor deprimido, ficando cada dia mais introspectiva. E o meu coração ficava cada dia mais apertado. Coração de mãe sabe quando um filho não está bem.

Eu ficava muito dividida aos finais de semana entre deixar minha filha em casa ou acompanhar o meu filho aos treinos e campeonatos de baseball. Eu não podia deixar o meu filho de 13 anos sozinho, mas também, não queria deixar a minha filha em casa. Um dia, em uma arquibancada de baseball, vendo o meu filho jogar, eu sentia que minha filha estava chorando e o meu coração se desesperou. Angustiada, comecei a rezar para Nossa Senhora e pedir um direcionamento. Eu perguntava como deveria agir, já que eu não consigo estar em 2 lugares ao mesmo tempo. Foi então que eu senti no coração a vontade de encontrar um grupo de mães que rezassem por seus filhos, pois eu precisava encontrar forças em outras mães, já que eu me sentia enfraquecida.

Ali, sentada, comecei a procurar na internet por um grupo católico de mães, e encontrei o Movimento. Como eu nunca tinha ouvido falar sobre, pesquisei e confirmei ser católico. Procurei o site, li todo o material que ali estava disponibilizado e guardei no coração o desejo de abrir um grupo na minha paróquia.

Comprei alguns livros do Movimento, li e conversei com o meu marido. Mas como sabia que seria algo de grande responsabilidade, decidi rezar um pouco mais. Um dia, fui convidada a participar de um grupo de oração e sem saber do que se tratava, eu fui e lá o pregador em um momento disse: “Aqui tem uma pessoa que está muito preocupada com a filha, porque ela fica sozinha no final de semana chorando e triste. Mas eu aqui estou para te dizer que Maria já te disse o que fazer, e se você fizer o que Ela pede, sua filha nunca mais irá chorar.”

Saí deste encontro aos prantos, voltei pra casa e disse ao meu marido que eu iria fazer um Grupo de Mães que Oram na Paróquia. Enviei um e-mail para o Movimento, recebi toda orientação e munida de todas as informações, fui até o Padre da paróquia e conversei com ele sobre o desejo de montar o grupo.

O Padre autorizou, mas demorou 6 meses para assinar a carta, tempo que hoje eu entendo como necessário, pois foi neste período que eu me joguei na leitura e aprendizado sobre o Movimento, sobre a Igreja Católica e sobre Nossa Senhora.

Hoje sou muito grata a Nossa Senhora por ter me conduzido por este caminho e ter me mostrado o Movimento, pois desde que comecei a rezar pelos meus filhos e a aprender com as Mães, minha filha nunca mais se entristeceu. Hoje ela é uma menina falante, alegre e companheira, e o meu filho se mostra um menino educado e de bom coração.

Elisa Delatore – Coordenadora Estadual de São Paulo