Cidade do Vaticano – Com o início do Conclave, a Igreja entra em um tempo de profunda oração e expectativa. Reunidos na Capela Sistina, os cardeais eleitores assumem a solene responsabilidade de discernir, sob a luz do Espírito Santo, aquele que será o novo Sucessor de Pedro.
Este momento, de grande significado espiritual, não é conduzido por estratégias humanas, mas pela entrega confiante à ação divina. “A Igreja não é guiada por estratégias humanas, mas pela obediência amorosa ao Espírito que assiste a Igreja com os dons hierárquicos e carismáticos” (Lumen Gentium, 4), recorda uma reflexão em sintonia com o espírito deste tempo.
Inspirados pelo exemplo dos primeiros discípulos reunidos com Maria no Cenáculo, os fiéis de todo o mundo são convidados a unir-se em oração, com corações atentos e almas esperançosas. Como ensinava São João Paulo II, “a oração da Igreja é mais poderosa que todos os planos dos homens”.
Na Capela Sistina, onde cada detalhe convida ao silêncio e ao recolhimento, os cardeais se deixam conduzir pela presença do Espírito. E não estão sozinhos: o povo de Deus, espalhado por todas as nações, intercede com fervor. “Veni, Sancte Spiritus!” é o clamor que se eleva de cada canto da terra.
Que a escolha que se aproxima não seja fruto de conveniências humanas, mas expressão da vontade de Deus. Santa Catarina de Sena já ensinava: “Mesmo que a barca da Igreja esteja sacudida pelos ventos, não afunde, pois é guiada por Cristo”.
Neste tempo de graça, a Igreja confia mais uma vez na promessa do Senhor: o Espírito Santo a conduzirá sempre. E assim, com fé e esperança, todos rezamos: “Veni, Sancte Spiritus!”