“Em 2013, não pelo meu querer, mudei para Contagem/MG, e me vi perdida com a falta de atividades que estava acostumada a desempenhar na minha comunidade de fé, fato que se juntou ao luto pela partida da minha mãe em 2012 (durante dois anos eu chorava todos os dias).
Comecei a participar das missas nas comunidades perto de minha nova casa mas me sentia “sem lugar”. No dia de finados de 2013 fui participar da Santa Missa na Comunidade São Geraldo, da até então, Paróquia São Gonçalo, e fui muito bem acolhida pela Regina (quem marcou o nome da minha mãe, para a missa). Ela percebeu que eu nunca tinha ido àquela igreja, e ao saber que eu tinha mudado de pouco, disse que a comunidade estava de portas abertas e muitas palavras de conforto, pois o choro era incontrolável.
Depois daquele dia, meu marido e eu passamos a ir mais à São Geraldo, nos colocamos a disposição para fazer leituras, pois na Comunidade Nossa Senhora Aparecida da Paróquia São Gaspar Bertoni em BH, tínhamos participação ativa: leituras, Mutirão de Casamentos, ECC.
Em julho de 2016, o padre Fernando fez o convite para que as mães participassem de uma celebração de envio do Grupo de Mães do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, e isso me tocou o coração, pois meu filho, depois que mudamos deixou de participar das missas. E na quarta-feira, 13 de julho lá estava eu, e no dia seguinte, primeiro encontro do grupo, comecei a participar. Não conhecia ninguém, mas para que eu não desanimasse Deus tomou a providência: a Regina quem me acolheu na comunidade, estava no Grupo de Mães.
Participava e ia me enturmando, um entusiasmo grande, e quando falava para as pessoas, maioria não conhecia o Movimento e questionavam “é da Igreja Católica?” eu explicava e como não entendiam eu completava sempre “é da igreja sim, um grupo de manas que arrumei, estou feliz da vida.” Amigos do meu filho ficavam rindo, e eu “uai, só vocês podem ter manos?”.
Em 12 de março de 2017, a Denise Oliveira, nossa coordenadora, organizou um encontro paroquial com o tema “Curadas para amar”, tivemos a presença da Estadual Lourdinha (coordenadora na época), de muitas mães da comunidade e da paróquia, e com esse encontro eu passei a ajudar as mães que estão à frente do grupo.
Quando o Movimento organizou os Serviços AMO, a Denise me destinou para assumir como mãe mídia, um desafio grande, pois quando entrei no Grupo de Mães, não tinha WhatsApp, que só foi feito para os comunicados. Mas Deus não abandona quando recebe o nosso SIM. Com a ajuda da Gizelle, nossa primeira Coordenadora Estadual/MG do Serviço de Mídia, o Espírito Santo agiu e eu fui desempenando meu servir, o qual amo de paixão, cada post de aniversário para as mães e filhotes do meu Grupo, é uma graça pra mim. Passou um tempo e para atender a demanda do estado de Minas, o Serviço foi dividido por regionais e mais uma missão me foi confiada: estar a frente do Serviço de Mídia na Região 3 com mais duas mães, Cristiane e Renata. Depois ficamos somente Cris e eu, depois veio a Simone Alice, depois a Vanessa. E eu que só tinha um filho, ganhei as minhas meninas de La Salette, com quem muito aprendi, que muito me ajudaram e pelas quais tenho um enorme amor.
Com o Serviço AMO Mídia, aprendi a fazer posts, transmissões de encontros, missas… E minha grande graça foi que minha primeira transmissão, contando com a ajuda de Selminha lá de Barbacena (minha trigêmea dada por La Salette, fazemos aniversário no mesmo dia, e como sou gêmea de nascimento, fiquei trigêmea por La Salette) foi da Santa Missa que o padre Fernando celebrava uma vez por mês na casa de uma das mães do grupo de sua paróquia.
Para os encontros fora da minha cidade, participei de retiros maravilhosos na Regional 3B promovidos pela Fátima Amaral (mana linda que amo muito), sempre contei com o apoio de Gilson, meu marido lindo, que até fazia o transporte, o que faz toda diferença, pois o serviço da mídia demanda tempo.
Em março desse ano de 2020, fui chamada para assumir o “Serviço Novos Grupos no estado. Mais um desafio? Sim… e Nossa Senhora continua passando na frente.
Encontrei no Carisma do Movimento o testemunho que tive em casa desde sempre! Minha mãe era mulher de fé, viúva, com 5 filhos pequenos, sempre confiou na intercessão de Nossa Senhora. No Grupo de Mães continuo vendo que oração de mãe tem poder.”
Sandra Aparecida Paes Moreira Leite
Coordenadora Estadual AMO – Novos Grupos/MG