Mães que oram pelos filhos, amigas, e companheiras de caminhada, gostaria de compartilhar com vocês um pequeno relato, um testemunho muito importante e significativo da minha vida.

Foi no 8° Encontro das Mães que Oram pelos Filhos no dia 24/8/24, em que foi adotado como tema principal o livro na Cruz a reconciliação do Movimento. Tive uma experiência muito forte e profunda do perdão e reconciliação, com a Cruz Saletina. Ao rever a minha história de vida, percebi que ainda em muitas situações não tinha me perdoado, e pude refletir como sugeri o livro, que muitas vezes comportamos como advogados de acusação contra nós mesmos, e nos colocamos na posição de réu, cheio de vitimismo e rigor excessivo, e não assumimos as más escolhas, culpas, delitos e pecados, confiando em Deus e reconciliando consigo mesmo.

Ouvindo cada palestra atentamente, consegui com a inspiração do Espírito Santo ter um olhar diferente para o perdão e reconciliação. Revendo minha história de vida começando na minha infância, adolescência e fase adulta até os dias atuais, procurei ver onde eu tinha me sentido ferida, buscando no livro compreendi que o ser humano vivencia ao longo da vida 5 emoções básicas: raiva, alegria, tristeza, amor, e medo, e que as emoções bem equilibradas propiciam recursos que permitem as pessoas o gerenciamento saudável das intercorrências da vida permitindo e desenvolvimento de sentimentos de esperança, perdão e diálogo.

Voltando ao meu relato, percebi que no momento em que lá atrás me senti ferida por pessoas, amigos, familiares e situações diversas me causando raiva, ressentimento, tristeza, mal-estar, coincidia com um
momento difícil em minha vida que me marcou muito e carregava as minhas dores, as minhas mazelas, meus pecados e minhas culpas.

Percebi que ali havia 2 verdades, a minha e do outro, e com um abrir e fechar de olhos, percebi que eu tinha que me perdoar em primeiro lugar, porque até em tão atribuia a culpa apenas ao outro, sendo que eu
precisava me curar primeiro.

E vocês não imaginam como foi libertador a partir daí, passei para a minha relação com o outro, com a família e com as coisas, e percebi que nestas situações a mesma coisa se repetia.

Fiquei maravilhada, e percebi que ao ter esta consciência, conduzida o tempo todo pelo Espirito Santo enxerguei a cruz saletina, me vi reconciliada comigo, com o outro, com a família e com as coisas e com
um sentimento indescritível, me vi finalmente reconciliada com Deus. Era como se ele me sussurrasse no meu ouvido e dissesse:” Filha, que bom que você chegou até mim por este caminho.” .

Para finalizar, gostaria de relatar uma vivência este ano, que foi muito frutuosa para este final do meu testemunho. Tenho grande devoção por Nossa Senhora, no princípio do ano senti um forte chamado dela para ser mais participativa na comunidade, e realizar alguns pedidos:
– reza do terço diário (já havia praticando)
– Adoração ao Santíssimo Sacramento na Igreja, e nos sacrários;
– fazer uma vez por semana o cenáculo na Igreja;
– devoção dos 1 sábados ao Imaculado Coração de Maria;
– entrar para o grupo de Mães que Oram pelos Filhos e por último fazer o seminário de vida no espírito santo que foi um divisor de águas na minha vida.

Ao terminar o seminário estava tão emocionada com tudo que havia experimentado nos 4 dias, e principalmente no final com a cura interior, a procissão do Santíssimo, a Missa, e por um momento senti que não ia dar conta, e no término do seminário ouvi de uma pessoa muito ungida “coragem”, a partir daí nunca mais tive sossego, até chegar aqui onde estou dando este testemunho.

Foram muitos desertos, muitas provações, muitas decepções, angustias, medos, culpas, renuncias, muito silêncio, muitas orações, mas muitas graças, muitas revelações e muita paz.

O que posso afirmar para vocês com toda certeza, é que quem me sustentou o tempo todo foi Jesus, Maria, José, Santa Rita, Santa Terezinha, a mesa da palavra, a mesa da eucaristia, adoração, o santo terço, minhas orações e súplicas.

E como a minha vida está fundamentada na cruz, no amor, digo que eu venci, mas Jesus esteve ao meu lado o tempo todo, me concedendo as graças necessárias. Hoje a única palavra que sai do meu coração é gratidão.

Aprendizado:

A cruz saletina como impressa na capa do livro significou para mim que todos nós antes do perdão da reconciliação somos fragmentados diante de deus com os nossos pecados e quando reconciliamos com ele, aí veremos a Cruz de Cristo na sua potência maior que é o amor.

Maria da Glória Brandão Nascimento
26-9-2024
Mães que Oram pelos Filhos
Bom Jesus do Vale BH/MG