Eu nunca pensei que participaria de um grupo de mães que oram por seus filhos porque eu nunca pensei que um dia ia precisar pedir pela minha filha, porque a minha filha é uma pessoa muito especial mesmo para mim, ela não me dá trabalho em nada. Ela é minha parceira.
Quando meu esposo faleceu, ela tinha 5 anos e de lá para cá somos muito unidas. Ela faz medicina, é linda e maravilhosa.
Então, certo dia, participando das Missas dominicais, uma amiga me convidou a conhecer o grupo de Mães que Oram pelos Filhos. Comecei a participar do grupo, na verdade, para rezar pelo meu irmão, ele dá muito trabalho. Ele precisa de muita libertação. É um menino guerreiro, batalhador, mas às vezes se perde. Comecei a caminhar na intenção de orar por ele, para libertar-se dos maus caminhos, das más amizades e do vícios.
Então eu ia para os grupos só para rezar pela libertação do meu irmão. Mas aí eu precisei pedir a Deus por minha filha. A gente acha que nunca vai precisar, né?! Mas o amanhã a Deus pertence.
E eis que minha filha pegou dengue pela segunda vez. Ela ficou muito doente, foi muito forte, muito tenso para todos.
No início do dia ela estava bem e do nada, no fim da tarde ela ficou muito ruim. Estava com muita febre, muita dor no corpo. Fiquei preocupada porque no ano passado ela teve uma dengue hemorrágica muito grave.
Daí o médico chegou para mim e disse que ela precisava ir urgentemente para a UTI porque as plaquetas estavam muito baixas. Meu mundo desabou. Aquele momento foi muito difícil para mim. Senhor, ela é minha única filha. Meu tudo. Me ajuda. No dia seguinte, as plaquetas subiram um pouquinho, mas no outro dia, desceram bruscamente.
Eu já estava sem forças para rezar, sem forças para pensar ou o que pedir a Deus. Estava sem forças para falar com Deus. O desespero e desolação tomaram conta do meu coração. Foi neste momento, que consegui ligar para a Coordenadora do nosso grupo e pedir que nos colocassem em orações, que pedisse para as mãezinhas rezarem pela minha filha. Estávamos vivendo um momento muito difícil. Eu não saia de perto dela em nenhum momento. Estávamos muito cansadas. Sem forças.
Precisei ir em casa, tomar um banho rápido e retornar para o lado dela. Eu não queria sair de lá porque meu esposo partiu num momento muito parecido, eu saí de perto dele por algumas horas, ele estava bem, ficou na companhia do irmão dele, daí recebi a ligação do falecimento. Eu não queria viver isto novamente com minha filha. Não conseguiria sobreviver.
Ao chegar em casa, recebi a ligação de que as plaquetas haviam caído novamente, estavam em menos de 10 mil. Tenho um pequeno altar com Nossa Senhora de La Salette, me joguei aos pés dela e orei, chorei e clamei pela cura de minha filha.
Minha filha não estava bem. O estado era muito grave. Era uma sexta-feira e pedi orações para todos os conhecidos e familiares. No dia seguinte, depois de 6 pesados dias na UTI, com a graça de Deus, a equipe nos notificou que o nível subiu para 35 mil. Fomos encaminhadas para um apartamento hospitalar e lá ficamos só por mais um dia. As plaquetas subiram para mais de 210 mil.
Deus é maravilhoso. Sou completamente grata a N. Sra. de La Salette porque ela ajudou muito na cura da minha filha e na libertação do meu irmão. Estamos quase dois anos caminhando juntas, umas com as outras em oração. Temos nossas fraquezas e recaídas, mas nossa Mãezinha do Céu não nos desampara.
Com as orações que vamos fazendo constantemente, Deus vai nos sustentando. Nossas orações de súplica, agradecimento, entrega, louvores e perdão vão nos fortalecendo em todos os momentos de dor e alegria.
A Fé em Deus é muito poderosa. Realmente move montanhas. Você ter fé e você ter um Deus maravilhoso não existe nada igual.
Hoje minha filha está bem, graças a Deus. Ela é uma menina maravilhosa. Ela só me dá alegria, ela é minha amiga, minha parceira. Agradeço todos os dias à vida e às orações das mães do grupo de Mães que Oram pelos Filhos que tanto me ajudaram neste momento de dor. Amo a Deus sobre todas as coisas e tenho N. Sra. de La Salette como minha intercessora junto ao Pai.
Abraços, Magna