Qual a finalidade da direção espiritual?
A finalidade da direção espiritual só pode ser bem compreendida à luz de alguns conceitos básicos. A antropologia cristã e a teologia espiritual devem estar sempre presentes.
A) A antropologia sobrenatural cristã evidencia que o cristão não pode ser compreendido nem ajudado apenas por meio das ciências humanas (psicologia, pedagogia, sociologia, etc.), uma vez que é, ontologicamente (não só moralmente), uma criatura nova (2 Cor 5,17), um homem novo (Ef 4,24), em quem foi restaurada, pelo batismo, a semelhança com Deus (Catecismo da Igreja Católica [CEC], n. 734, 1701, etc.).
B) Por seu lado, a teologia espiritual, com base nos dados da antropologia cristã, explica que o Espírito Santo, ao criar em nós uma “vida nova”, impanta na nossa alma um “novo organismo”, o que a teologia ascética e mística clássica (p.e. Garrigou-Lagrange, Royo Marin), e também o Catecismo da Igreja (n. 1266), chamam “o organismo da vida sobrenatural do cristão”.
Como exercer a prática da direção espiritual?
Podemos refletir sobre este ponto, lembrando o esquema clássico das funções do confessor, aplicadas também ao diretor espiritual: pastor, pai, médico, mestre e juiz (prescindiremos agora da função de juiz, que é mais específica da administração do Sacramento da Penitência: Cf. Jo 20,22-23).
Que condições pessoais que deve ter um bom diretor espiritual?
Ter a consciência clara de que o diretor espiritual não é nem o modelo nem o modelador. O modelo é Jesus Cristo; o modelador, o Espírito Santo, por meio da graça.
O seu papel é apenas (nada mais e nada menos) o de ser instrumento nas mãos de Deus. As orientações que o diretor espiritual dá não podem ser “opiniões pessoais”. Ele deve ser sempre, o mais possível, “luz de Deus, voz de Deus, fogo de Pentecostes” (São Josemaria, em São Paulo, em 1974).
Leia AQUI o artigo na íntegra.
Acesse também Lírio entre espinhos e saiba mais sobre Direção Espiritual.